Lesões de Modic: o que é, tipos, sintomas e tratamentos

Observadas pela primeira vez pelo médico norte-americano Michael Modic, nos anos 80, as lesões de Modic são processos degenerativos e inflamatórios que se desenvolvem no platô vertebral, que é a região de contato entre a vértebra e o disco intervertebral.

Quais são os tipos de lesões de Modic?

tipos de lesões de modic

As lesões de Modic podem aparecer em qualquer região da coluna, mas costumam ser mais frequentes na coluna lombar. Além disso, essa condição é classificada em três níveis diferentes, de acordo com as características e o nível de progressão identificado em cada paciente.

Confira abaixo mais detalhes sobre a definição de cada grau da doença.

  • Modic I: É considerado o estágio inicial, o qual corresponde a um quadro com lesões agudas e subagudas em fase de edema. Nele, as vértebras adjacentes ao disco danificado exibem mudanças em sua forma, e pode ser constatado um processo inflamatório decorrente da degeneração discal e óssea.
  • Modic II: Nessa fase, como resposta a degeneração do disco intervertebral, o organismo passa a redirecionar tecido gorduroso para a região lesionada. Geralmente, há um alívio nas dores quando comparado ao Modic I.
  • Modic III: Mais raro, esse último estágio das alterações Modic é identificado quando há um quadro de esclerose óssea na região da vértebra.

Além disso, essa condição na coluna pode se modificar no decorrer do tempo, tornando essencial o acompanhamento da doença por um especialista.

Quais são as causas dessa condição?

Ainda não há um consenso na comunidade médica sobre as causas da doença, mas a teoria mais aceita é de que as lesões de Modic seriam provocadas pela sobrecarga constante na região e por predisposições do paciente a desenvolver processos inflamatórios.

No geral, essa condição é mais frequente em pacientes do sexo masculino e em idosos, pois com o envelhecimento, os discos cartilaginosos vão se desgastando e não conseguem preservar a estrutura óssea vertebral contra os impactos provocados até mesmo com movimentos simples, como se levantar ou caminhar.

Além disso, acredita-se que outros fatores de risco como obesidade, diabetes, doenças autoimunes e tabagismo também podem influenciar no aparecimento das lesões de Modic.

Quais são os sintomas mais comuns?

  • Dor na coluna, especialmente ao realizar movimentos de torção ou flexão;
  • Rigidez ao se levantar depois de ficar por muito tempo sentado ou deitado;
  • Dores e incômodos frequentes na região lombar que persistem por mais de um mês.

Alguns pacientes podem ter essa condição de forma assintomática, especialmente aqueles que possuem as lesões no grau Modic II.

Como obter o diagnóstico das lesões de Modic?

Durante a consulta com um profissional, o mais comum é que o médico solicite uma ressonância magnética da coluna vertebral para identificar a origem do problema. Através desse exame, o especialista consegue constatar se existe um quadro clínico de inflamação na superfície óssea vertebral e também o grau das lesões de Modic.

Muitas vezes, o diagnóstico dessa condição ocorre de forma incidental. Ao indicar a realização de exames por outras razões, o médico descobre as lesões de Modic e tem a chance de iniciar o tratamento mais adequado precocemente, antes que os sintomas apareçam.

ressonância magnética - lesões de Modic
Ressonância magnética mostrando inflamação óssea (cor branca) ao redor do disco L4L5 – Modic 1.

Tratamentos para as lesões de Modic

No geral, o tratamento mais indicado para as lesões de Modic é aquele que consegue controlar o processo inflamatório da região e trazer alívio para as dores do paciente. Nos casos em que o indivíduo apresenta uma dor refratária, o médico pode sugerir procedimentos minimamente invasivos e de rápida recuperação. Depois, com os sintomas já controlados, o paciente é encaminhado para a fisioterapia, para praticar exercícios de fortalecimento.

No entanto, nos casos em que não há sinal de melhora com os procedimentos minimamente invasivos, é possível que o especialista indique uma cirurgia de estabilização para melhorar a qualidade de vida do paciente.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *